Desde 2008 o diretor Sidnei Pereira de Oliveira já ministrava oficinas de teatro semanais na sede da “Fundação Cultural de Carazinho” (Fuccar), muitas pessoas passaram por essas oficinas, algumas por pouco tempo, outras permaneceram. Periodicamente eram abertas audições para que novos participantes tivessem a oportunidade de aprender teatro.
Com exceção dos grupos já formados “Núcleo de Teatro Walter Ego” e “Grupo de Teatro Noscego”, o grupo de iniciantes nas oficinas não realizava apresentações. Assim foi até abril de 2010, quando foi decidido que seria feita uma nova audição, os participantes convidaram seus colegas de escola, amigos, conhecidos e interessados, para estarem presentes numa segunda feira de oficinas. O oficineiro Sidnei explanou aos visitantes que todos seriam avaliados pelo seu desempenho em quatro oficinas, mas que nem todos seriam selecionados a continuar nas aulas. Porém, numa atitude muito sábia, Sidnei pensou melhor e decidiu deixar todos os interessados participarem, com a justificativa de que “Os verdadeiros guerreiros ficarão e irão até o fim”, destacando a condição de que o trabalho fosse realizado com seriedade. Em pouco tempo, alguns foram desistindo por motivos pessoais, mas lá estavam os guerreiros. Todas as segundas e terças feiras eram aplicadas oficinas de Improvisação e Iniciação Teatral, entre aulas de Arte Circense, envolvendo Paradas de Equilíbrio, Malabares, Pernas-de-pau e Clown, os integrantes até confeccionaram suas próprias bolinhas de Malabares e o amigo Rony Madaloz Pereira também ministrou algumas oficinas.
Dentro de alguns meses, foi trazida ao grupo uma ideia da Fuccar em realizar um evento chamado “Brincando de Circo”, um espetáculo envolvendo grupos artísticos de Carazinho e região. Os organizadores propuseram ao grupo que montasse uma esquete com temática circense para ser apresentada no evento. E assim, sob direção de Sidnei Pereira de Oliveira, os novos atores passaram a ensaiar em noites geladas de inverno, o “Balaio de Gato”, uma pequena apresentação que reuniu todas as técnicas de circo do repertório de oficinas. Neste período de ensaios, surge finalmente o “Grupo de Teatro Extra Muros”, nome escolhido a poucos dias da apresentação, baseado numa pesquisa de palavras em latim. “Extra Muros” quer dizer “Fora dos limites”, a intitulação não poderia ser mais adequada, pois o grupo se superava a cada ensaio, entre discussões, momentos de muita tensão e ensaios extras fora da sala de ensaio convencional. O nome foi escolhido com urgência para que fosse publicada uma matéria no caderno “Blitz” do jornal “Diário da Manhã”, o recém formado grupo ganhou uma página em destaque, dois dias antes do evento “Brincando de Circo”. Chegou o dia tão esperado, os atores subiram ao palco pela primeira vez juntos, no auditório do colégio “Notre Dame Aparecida”, o “Balaio de Gato” superou as próprias expectativas, e com certeza as expectativas do público, o grupo foi aplaudido em pé, no espetáculo que reuniu grupos de capoeira, música, teatro e dança de nossa região. Depois desta apresentação, a esquete “Balaio de Gato” voltou a ser apresentada na semana da criança, sem se deixar abalar pelas oportunidades perdidas por falta de valorização a arte que todo artista encontra pelo caminho.
Com o passar do tempo, o grupo seguiu aprendendo ainda mais, e neste caminho, alguns integrantes se afastaram e outros vieram a despertar. Nos últimos meses de 2010, o diretor e ator Sidnei saiu em turnê com o monologo “As façanhas de Aristão, o desafortunado”, pelo “Grupo de Teatro Noscego“. Por esse fator, assumiu o posto de oficineira, a atriz e atual diretora Tainá Kulba, recentemente recuperada de um problema de saúde, Tainá voltou ao teatro com todas as forças. No decorrer desta longa caminhada, o grupo enfrentou problemas com horários em sua até então única sala de ensaio na sede da Fundação Cultural de Carazinho (Fuccar), por decorrência de algumas aulas de orquestra, mas, como desistência não combina com Extra Muros, após pedidos de alguns integrantes, a Escola Estadual de Ensino Médio Cônego João Batista Sorg, cedeu um espaço de uma sala de aula vaga para que o grupo realize os ensaios, hoje o grupo ensaia todos os domingos no turno da noite na sede da Fuccar e todas as terças, também no turno da noite, na Sala 10, do Anexo da Escola Sorg. Nesta jornada, os atores já fizeram participações em espetáculos de parceiros como "Remember Anos 80" da Academia de Dança Corpo e Arte e "Boraimbolá Acústico" da Cia. Mundo Paralelo (POA/RS).
Atualmente o grupo está em cartaz com o espetáculo “Sobre como esta história quase não foi contada”, sob direção de Tainá Kulba, os atores colocam em ação o texto do grande amigo Jocemar Chagas.
O Grupo de Teatro Extra Muros permanece derrubando os obstáculos e entrando de cabeça nas oportunidades, essa história continuará sendo escrita por muito tempo, pois como diz o nome, não há limites para o amor pela arte que cada integrante carrega dentro de si.
Atualmente o grupo está em cartaz com o espetáculo “Sobre como esta história quase não foi contada”, sob direção de Tainá Kulba, os atores colocam em ação o texto do grande amigo Jocemar Chagas.
O Grupo de Teatro Extra Muros permanece derrubando os obstáculos e entrando de cabeça nas oportunidades, essa história continuará sendo escrita por muito tempo, pois como diz o nome, não há limites para o amor pela arte que cada integrante carrega dentro de si.

Desejo a vcs muito sucesso e muito trabalho pois é o nosso labor que nos engrandece
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